domingo, 25 de setembro de 2016

Pintainhos

A Poupas teve filhinhos, nasceram dois pintainhos de cinco ovos oferecidos pela minha prima. Um carequinha e outro com penas no pescoço. Ainda tinha esperança que nascessem todos, mas três ovos estavam chocos. E o carequinha quase morreu. Encontrei-o gelado e com as pernas esticadas como se estivesse morto, mas quando lhe toquei, ele piou. Verifiquei que ainda estava vivo mas completamente gelado, não conseguiu andar até à mãe para se aquecer. Peguei nele com muito cuidado e tentei aquece-lo. Depois lembrei-me que tinha um casquilho portátil com ficha e lâmpada que dava para colocar por cima dum caixote onde coloquei palha no fundo e embrulhei o pintainho em papel de cozinha e coloquei junto à lâmpada. Tendo o cuidado de mudar constantemente a posição para não o queimar. Isto ocorreu enquanto eu preparava o almoço, sempre a correr entre a banca e o caixote onde tinha o pintainho. Mas ele foi arrebitando, começou por encolher as patas para junto do corpo, depois aninhou-se,  tentou levantar-se aos poucos, até que se ergueu e deu uma bicadinha na palha. Fiquei satisfeita, pois se picas a palha é sinal que procuras comida, apressei-me a dar-lhe uns grãozinhos de arroz cozido, umas migalhinhas de pão e ele lá picou. O que foi óptimo, pois se se alimenta é sinal que tem hipóteses de sobreviver. E lá foi arrebitando, cada vez mais airoso que chegou o momento de o devolver à mãe. E lá ficou ele todo satisfeito junto da mãe e do irmão como se não tivesse passado por estes momentos de tanta incerteza quanto à sua sobrevivência. A Natureza é mesmo incrível e admirável.    





E ao final do dia, cá está ele todo satisfeito a comer junto da mama. 

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